Talvez, o que nos arrependa, às vezes - aquele desejo de "quero mais" - o que nos faz sentir vontade de ficar deitado ao despertar, e apenas deixar que o dia se passe: cada hora, minuto, segundo... Apenas queremos ficar, calados e até prestando atenção em nossa respiração.
Por instantes, quem sabe, podemos nos iludir com presença alheia (triste realidade): alguem que não pertence mais a você!
Se fecho os olhos, e presto atenção à minha volta, vejo você: não materializada, nem em carne e osso (jamais!), mas posso ter você ao meu lado. Em cada gesto que observo... cada cor... cada aroma que sinto... cada palavra que ouço: sinto você, em cada carinho que recebo, ou a cada dura lição que a vida me ensina.
Já se passou tanto tempo desde a última manifestação sentimental, não é mesmo? Mas posso me lembrar ainda...
Aquele, talvez nem tenha sido o abraço mais apertado que uma vez, talvez tenhamos nos dado, mas foi, sem dúvida, o que mais me tirou o ar, e, até hoje, me obriga a experimentar, cada vez que me lembro, como se fosse a primeira...
Não acho que o que fiz com você, possa ser chamado de abandono. Talvez, se pudesse, em algum vago momento, que jamais poderá ser definido, se você soubesse de tudo, teria obrigado alguem a me chamar, e fazer o que talvez nao fosse o mais certo, mas com certeza, LÓGICO.
Nada de rancores! De ti, guardo apenas o amor. Amor este, que dia após dia; passe o tempo que passar, nunca será gasto ou doado; jogado ou desperdiçado... Ficará, para sempre, em seu devido lugar, cá dentro de mim, junto ao lado esquerdo do peito.
Talvez, voltar no tempo, poderia ser uma maneira única e perfeita de contar com a ajuda de algo mais valente que nós, pequenos seres frágeis e delicados, de reparar os danos, e aliviar a dor da perda, mas, isso, não se faz possivel. Se assim fosse, ninguém sofreria, todos teriam apenas gozo e as lamentações seriam mitos teatrais (Que bom seria, Fleur-de-Lis!)
Não posso fazer nada disso, apenas dizer que ainda hoje, continua a viver comigo e fazer parte da minha vida: não como coadjuvante, mas sim, rainha - que banca atriz principal!
Se pudesse mudar alguma coisa, nada mudaria: O que importa, é a vida toda que tivesse pra te amar e demonstrar a você o meu carinho: lhe dizer o quão especial e importante você foi pra mim, mesmo nos momentos mais dificeis.
O que trago comigo, é tudo o que de alguma forma, você me vendeu, e isso faz de mim alguém mais feliz! =)
Sem lamentações, sem olhar em sua face, escondendo as lágrimas que me escorrem ao rosto (mas banhando com as mesmas a alma), despeço-me de você, não com a horrivel palavra "ADEUS", mas sim com o perfeito juizo de "ATÉ LOGO". Poucas coisas são eternas: Nossas vidas não, mas o que nos une sim.
( bY d r i K o ) -- 01/08/2010; 23:37H
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